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'Precisamos investir em inovação', diz Martha Adaime, primeira mulher vice-reitora na UFSM

Foto: Pedro Piegas (Diário)
Martha Adaime passou por diferentes esferas da administração da UFSM e agora, é vice-reitora

Martha Adaime, nova vice-reitora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), é a primeira mulher a assumir o cargo em 61 anos da instituição. Embora este seja um marco, Martha destaca que o título não era um objetivo traçado pela lista tríplice composta por ela, o agora reitor Luciano Schuch, e Cristina Nogueira. Segundo a professora de Química, a conquista não foi levada como uma bandeira feminista, e sim como o resultado de mais de 30 anos de trabalho na Universidade.

- No meu caso, eu trilhei devagar. Entendo que as mulheres precisam ter oportunidades e aproveitar cada uma delas - diz a vice-reitora.

Mesmo sem querer se associar à causa feminista, Martha observa que, nos cargos de liderança, as mulheres são minoria na instituição:

- O que eu percebo é que temos muitas mulheres em cargos de chefia como coordenadoras de curso e chefia de departamentos. Entretanto, quando você olha as direções de unidades e as pró-reitorias, o número de mulheres está entre 20% e 30%.

A professora começou a carreira na UFSM no Departamento de Química, em 1989. Posteriormente foi subchefe do departamento, coordenadora do curso, vice-diretora do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE) e depois teve dois mandatos como diretora da unidade. Foi ao final de 2013 que ela foi convidada pelo ex-reitor Paulo Burmann para assumir a Pró-reitoria de Planejamento (Proplam).

- Na época, não me achava capaz para tal, mas enfrentei porque entendi que se ele estava me pedindo, era porque ele entendia o meu nome como o mais favorável. E conseguimos fazer um trabalho bem interessante.

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POLÍTICAS AFIRMATIVAS

Novamente, à pedido de Burmann, foi pró-reitora de graduação, cargo que ocupou até meados de 2020, quando passou a ocupar a chefia do Gabinete do Reitor. À Frente da Prograd, Martha atuou na implementação de políticas afirmativas como as cotas sociais e raciais, bem como a transição do fim do vestibular da instituição para a passagem para a utilização do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) como forma de ingresso na instituição, entre outras participações.

Sobre a participação na chapa eleita pela comunidade para a reitoria da UFSM, Martha classifica a transição como fácil, por já fazer parte da equipe desde a gestão Burmann.

- É um projeto que foi construído por várias pessoas. Nós nos sentimos apoiados por todos. A comunidade pôde nos escolher, os conselhos nos escolheram, o ministro da Educação reconheceu (a autonomia estudantil). Agora é trabalhar e colocar o projeto a funcionar porque não tem pouca coisa -  afirma.

Assim como o reitor Luciano Schuch, a vice-reitora contou à CDN, na segunda-feira, que o empreendedorismo, a inovação, e a inclusão serão os focos da gestão.

- Não perdemos de vista que precisamos investir em inovação, sem esquecer da inclusão na assistência estudantil, que é um grande desafio, e, logicamente, chegar mais perto da comunidade santa-mariense. Avançamos muito na extensão, porém, temos a consciência que temos que investir cada vez mais.

Conforme a nova vice-reitora, ainda são pontos importantes a desburocratização dos processos internos da instituição, além de levar a universidade ao nível máximo de excelência, o Índice Geral de Cursos (IGC), número 5. Atualmente a UFSM está no nível 4.

*Colaborou Gabriel Marques

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